terça-feira, 29 de maio de 2012

Redenção


Depois de um início de ano desastroso para o Botafogo, em especial para o lateral Lucas e para o Técnico Oswaldo de Oliveira, ambos saboreiam excelente início de Campeonato Brasileiro.

Duramente criticado pelas expulsões contra o Fluminense – na primeira partida da final do Estadual – e contra o Vitória – no segundo jogo das quartas da Copa do Brasil, Lucas entrou em campo diante o São Paulo com tranquilidade. Nem mesmo o placar adverso no início, placar este que a equipe teve que buscar duas vezes, fez com que a equipe se abatesse.

Com atuação exemplar, auxiliou o ataque relembrando o Lucas do Figueirense, aquele recém-chegado ao Botafogo. Com a saída de Alessandro, se viu com obrigações defensivas – as quais não são seus pontos fortes.

Outro ponto a se destacar na partida foi a escalação do técnico Oswaldo de Oliveira. Sem Loco Abreu e sem Fábio Ferreira, manteve Herrera no ataque e promoveu o jovem Dória da base alvinegra. O Botafogo jogou com personalidade, ciente de suas qualidades e capacidades. Mais uma vez sofreu revés logo no início. Um gol meio que sem querer, meio que contra.

Contudo, não se abalou. Os Alvinegros encaixaram seu jogo, tendo em Lucas, Maicossuel e Vítor Jr as suas referências. Herrera, por sua vez, não marcou mas trabalho muito bem, se revezando com Lucas pelas pontas, deixando o time alvinegro quase que sem atacante.

Vale ressaltar que a falta de um homem gol favoreceu a aproximação dos meias, contudo, para os fãs de Loco, há um espaço para se colocar a dupla Mercosul de volta no ataque. Felipe Gabriel seria o sacado.

Em 2012, o Botafogo soma bons problemas no que diz respeito à escalação, dando-se o direito de afastar Jobson e de emprestar Alex [ao Joinvile/SC] e Caio [ao Figueirense]. Com Jadson, Dória, Vítor Jr, Gabriel, Vitinho e Lucas Zen, a equipe de General Severiano se vê preocupada em escalar somente 11. Bons tempos de elenco forte, mas que ainda pode se reforçar para a disputa do Brasileirão. Chegou a hora dos Meninos da Base?



Bruno Velasco
Camisa Alvinegra



terça-feira, 22 de maio de 2012

Tempestades desnecessárias...

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No último domingo, o atacante Herrera marcou 3 gols diante o São Paulo e conforme brincadeira realizada pelo Fantástico, TV GLOBO, teria direito a pedir música. Mas, por algum motivo não claro, preferiu não pedir o que gerou reações distintas de jornalistas e de torcedores.

Jornalistas de diversos veículos classificaram a atitude como uma falta de respeito, indiferença. Torcedores de vários clubes defenderam o atacante que não quis se pronunciar a respeito.

O fato é que futebol é dentro de campo e só podemos brincar com quem gosta ou entende a brincadeira. Alguém levou em consideração o fato dele ser argentino e - talvez - nem saber da "proposta" do Fantástico?

Alguns jornalistas famosos, em seus blogs pessoais, atacaram o jogador alvinegro de forma contundente, quase que corporativista.

Deve-se observar que esta brincadeira não faz parte da regra do campeonato. Seria melhor a produção do programa alinhar a temática do quadro com os jogadores, para evitar desconfortos desnecessários. E como jornalista, sabe-se que todo mundo pode se reservar o direito de não querer opinar. Herrera não se furtou a comentar a partida, contudo ateve-se somente ao futebol. Ponto para o esporte!


Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

domingo, 20 de maio de 2012

Ainda longe do ideal...

www.botafogo.com.br
O Botafogo entrou em campo neste domingo, às 16h, diante do São Paulo com o mesmo futebol inaceitável de Oswaldo, relembrando o ex-técnico Caio Jr. 

O primeiro tempo provou que ajustes seriam necessários, contudo mudanças não eram esperadas.  Observa-se que o técnico alvinegro tem se mostrado avesso às mesmas.

O segundo tempo começou sem Loco Abreu [capitão] que cedeu lugar a Herrera. O time reagiu e virou o jogo, terminando a partida em incríveis 4x2 para o Glorioso. Entretanto, com tudo, ainda fica uma pergunta na cabeça dos torcedores e dos comentaristas: 

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- Por que motivo Loco e Herrera não atuam juntos se são os dois maiores artilheiros da equipe este ano?

Loco Abreu e Herrera se completam desde que chegaram ao Botafogo em 2010. Herrera é a parte que detém a raça e até compensa a lentidão de Abreu. Por sua vez, o uruguaio desequilibra por sua versatilidade como pivô e pela sua eficiência nas finalizações, sobretudo no cabeceio.

O Botafogo tem armas e precisa saber usá-las para seguir adiante na competição. Ao menos, resta de esperança a merecida barração de Elkeson e a grata estréia de Vítor Jr. Quando se conhece o elenco que tem, há chance de se projetar melhor a equipe nas rodadas que virão.


Bruno Velasco
Camisa Alvinegra







sexta-feira, 18 de maio de 2012

Dispensáveis?

Problemas em contratar ou gerir elenco gera despesas e desperdiça talentos.




O Botafogo tem algumas carências em seu elenco, contudo, recentemente “dispensou” alguns jogadores de seu elenco. Para o Joinville seguiu o atacante Alex, único jogador a atuar na posição de Loco Abreu. Com faro de gol e chute forte e preciso, não há no elenco alguém como ele. Entretanto, seu diferencial parece não ter sido o suficiente.

Mesmo rumo tomou Bruno Thiago, volante que também possui características ofensivas e teve ótimas atuações antes de se lesionar em 2010. Sua última aparição foi na tentativa desesperada de Caio Jr. de em tentar vencer o Campeonato Brasileiro. Expôs demais o jogador diante do Santos, na Vila, o que fez com que perdesse ainda mais espaço. Apesar de no elenco haver várias opções, nenhuma detém a agudeza de Bruno.

Outro nome que se destaca nestas transferências é do Caio. Atacante que viveu seus momentos de glória em 2009. Porém não se firmou apesar da boa oportunidade que teve de iniciar o Brasileiro de 2011, quando Loco Abreu esteve com a Seleção Uruguaia na Copa América realizada na Argentina e vencida pelos Uruguaios. Teve seu melhor momento no último título estadual em 2010, mas caiu em desgraça ao brigar em campo com Herrera, e serem expulsos no jogo em que o Botafogo venceu por 3x0. Tudo isso em pleno Engenhão.

Somália, outro nome que saiu do clube, foi reforçar a Ponte Preta. Após ter se consagrado na final – não só pela versatilidade – mas sobretudo pela marcação implacável, também viu seu prestígio desmoronar após falsa acusação de sequestro relâmpago. Na verdade, jogador havia saído à noite e perdeu a hora para ir ao treino. Ao saber do verdadeiro problema, além de ter que se resolver com a Polícia, viu tanto Diretoria como Comissão Técnica e Companheiros de trabalho um tanto quanto distante. Sem espaço, foi negociado.


Outro nome menos conhecido e que reforçou o Glorioso sem nunca ter jogado é o de Léo Guerreiro. Vindo do Botafogo-DF, o meia-atacante foi emprestado ao Boa Vista/RJ porém nunca retornou. Casos de jogadores que não retornam fazem lembrar Camacho, meia-esquerda, um dos líderes da equipe que trouxe o Botafogo de volta à elite, meia seguiu para o mundo árabe por empréstimo. De lá, não mais retornou.

Investir, programar, organizar e proteger o patrimônio do clube. Algumas peças de nossa base nunca por aqui ficam, nunca pelo time principal passam. Gasta-se muito em contratações, nem sempre de forma ideal.



Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O caso Jobson...


Indisciplina, Futebol e Habilidade. Mais uma vez o caso Jobson vem à tona.

Créditos: www.botafogo.com.br
Mais uma vez um assunto extra-campo está em pauta no Glorioso. O comportamento de Jobson, tanto profissionalmente como nas horas de folga, tem andado em desalinho com o que se espera de um jogador do porte e da qualidade que já desfilou.

Jovem e com histórico, não apenas recente, marcado por uma vida e comportamento conturbado, Jobson é um reflexo do que pode ser o destino de muitos garotos que se lançam muito cedo, sem devida assessoria nem preparo nos campos do Brasil e mundo a fora.

Com talento e habilidade para driblar adversários, o atacante alvinegro não tem conseguido se livrar da mais incisiva marcação: seu gênio. Com futebol digno de Camisa 7, espera-se que seus rumos sejam bastante diferentes dos traçados pelo mais genial deles.

Entretanto, mais uma vez, a luz amarela fica acesa ao fundo do caminho. Mais uma pausa, talvez mais um recomeço. No elenco alvinegro de hoje, Jobson tem tudo para dar a “chacoalhada” que a torcida tanto espera. Futebol mostrou ter de sobra, disposição argentina e habilidade brasileira. Na mistura dos fatos, não se perca o ponto.


Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

domingo, 13 de maio de 2012

Onde esteve a ousadia?

Créditos: www.botafogo.com.br
Ao final do 1º jogo da decisão, após não intervir de maneira eficaz e permitir placar elástico em favor do tricolor, o técnico Oswaldo de Oliveira protagonizou uma cena um tanto quanto desconfortável, ao "peitar" a torcida alvinegra no Engenhão.

Hoje, os torcedores botafoguenses que compareceram ao STADIUM RIO esperavam ver traduzida em campo a "marra" do treinador que não se mostrou capaz de escalar os dois maiores artilheiros do ano do Botafogo: Loco e Herrera, a dupla MERCOSUL.

Com jogadas "cantadas" e mesmo assim eficazes, Loco Abreu e Herrera seriam melhor opção que Elkeson que nesta temporada vem muito abaixo do aceitável e já merece sentar no banco de reservas.

Cabe, agora, à diretoria ter a ombridade e a ousadia de intervir em alguns pontos cruciais para que o time siga com o que tem de melhor e sempre podendo mostrar seu melhor. O Santos de Neymar Jr. & Cia é exemplo que alguns jogos têm valores diferenciados e merecem equipes diferentes.

Caso o Botafogo não consiga encarar de forma não linear as adversidades que se apresentarem, põe em risco o Campeonato Brasileiro que se aproxima. O time de Gal. Severiano é bom, apesar do elenco limitado. É preciso fazer com que saibam utilizar este elenco da melhor forma. 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

As cobranças devem aguardar o domingo passar...


Créditos: www.botafogo.com.br
Domingo é dia de Taça. E nada mais justo que acreditar. Somos do time que mais vezes chegou às finais nos últimos anos e não podemos nos deixar abater. No primeiro jogo, o SOBRENATURAL DE ALMEIDA jogou ao lado dos tricolores. 

Chegou a hora das COISAS QUE SÓ ACONTECEM COM O BOTAFOGO acontecerem. Eis que domingo pode ser o primeiro passo de uma equipe que não merecia tamanho castigo. 


Mas esta batalha já passou. Chegou a hora de separarmos os homens dos meninos e agirmos com coragem acima de tudo! O momento é de apoiar. Na segunda voltaremos às críticas se ainda couberem!

Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Falhas e Tragédias...


Loco Abreu - Jogador, e Jornalista, sempre com um bom ponto de vista.

Repercurtiu mal entre torcedores rivais as declarações de Loco Abreu após a eliminação diante da equipe da Copa do Brasil. Loco Abreu disse, ao ser questionado por um repórter se era uma tragédia a eliminação do clube da competição, que tragédias são outras questões como perda de parentes...

Muitos flamenguistas indignados com o possível descaso do jogador se manifestaram de forma incoerente, fazendo com que as argumentações de Loco Abreu tivessem pleno sentido. 

Num país onde as paixões são mais importantes que questões políticas e sociais, o fanatismo pode assumir um papel moderador da realidade. Legitimando um desejo em detrimento do real significado. 

Ou seja, clubes vivem de competições, de títulos, de boas exibições mas seus patrimônios são maiores que apenas um jogo isolado. A torcida, suas conquistas e sua história devem falar por si.

Sebastian Abreu foi bastante lúcido ao dizer que a Equipe falhou no planejamento, na meta e que campeonatos se repetem. Basta que se preparem de forma adequada. A grande sacada de Abreu foi dividir a responsabilidade do fracasso com todas as esferas que participam da elaboração da meta e interferem de alguma forma na trajetória.

O Botafogo pecou por não se reforçar a tempo, por demorar em dar rosto, identidade à equipe e por não se posicionar e cobrar de forma pontual os responsáveis por cada situação desconfortável - dentro e fora das quatro linhas.

Em outras palavras, faltou ousadia ao BOTAFOGO F.R. que resultou em mais uma eliminação precoce da Copa do Brasil. Que venham outras competições, que o Clube como um todo aprenda a rever certas posturas.

Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

Agora complicou a situação...

Lucas - lateral direito do Botafogo tem sofrido com esquema tático e respaldo.
Sem ter tido por parte do treinador o devido respaldo, referente à expulsão diante do Fluminense, Lucas entrou em campo mais uma vez pressionado. Desde a saída de Alessandro, o lateral tem sido questionado em suas atuações defensivas, as quais nunca foram seu forte.

Num esquema que segue o modelo utilizado por Caio Jr. em 2011, o papel do lateral é mais que visível e importante. Contudo, Lucas nunca demonstrou tal habilidade em defender, fato este que tem trazido intranquilidade às suas atuações com a camisa alvinegra.

Por outro lado, cabe ao técnico saber utilizar e usufruir ao máximo das peças que possui. É de responsabilidade de Oswaldo a escalação do lateral diante do Vitória, bem como a manutenção do mesmo em campo ante ao Fluminense. 

Neste último caso, a expulsão era anunciada desde a primeira etapa quando o tricolor das Laranjeiras percebeu a falha de cobertura e a incapacidade do mestre em recompor seu time em campo. O Botafogo se mostrou, no primeiro jogo da decisão, uma equipe confusa por não saber reconhecer seus limites nem encarar desafios controversos.

Entretanto, diante do Vitória, optou Lucas de forma equivocada pela penalidade. A bola já tinha transpassado a linha. O arqueiro alvinegro já havia sofrido a falta - não marcada - e o juiz mais uma vez errou, pela segunda vez no lance, ao não atribuir nem a falta, nem o gol de forma direta. O Lucas e o Botafogo pagam, mais uma vez, pela ineficiência tática, pela intranquilidade e pelos pecados na formação da equipe e do elenco. Culpa somada, responsabilidades divididas.


Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

E finalmente a crise...

Técnico Oswaldo de Oliveira.

A torcida do Botafogo comemorava, ainda que muito desconfiada da equipe que - com certeza - tem qualidades e muitas, mas também possui limitações. Em meio às adversidades que se apresentaram, a Equipe até então invicta não soube se recompor. 

Demérito maior para o experiente Oswaldo de Oliveira que sequer percebeu o desconforto e os perigos pelo qual passava a equipe. Subjugou o adversário, minimizou a batalha e pode ter posto fim a uma belíssima campanha.


Bruno Velasco
Camisa Alvinegra

"...Porque a nossa camisa é a sete, aqui a dez é apenas coadjuvante..."




Camisa Alvinegra